sábado, 21 de agosto de 2010

Lista dos alunos do 3º dia da aula sobre Manuel Bandeira

Informações importantes:

Não haverá ônibus do Nicarágua para a aula, devendo assim, todo os alunos, irem por si. Sem atrasos.

Onde acontecerá? No Espaço Pasárgada, na Rua da União, Centro do Recife, por trás da Agência do Trabalho;

Quando? Dia 26 de agosto de 2010 (quinta-feira);

Que horas? Às 9h da manhã;

O que se pede? Estar com a camisa do Pré-Vestibular Nicarágua e não atrasar. A aula começa pontualmente no horário já mencionado.

(Ainda há vagas)

Alunos:

Marcos Antônio Lima
Lizandra Milena
Josivânia Maria
Pammella Gomes
Rebeca Priscila
Aline Salinas
Juliene França
Renata Costa
Wilma Gomes
Hudson Rafael
Rijkaard Barbosa
Luana Lídia Silva dos Santos
Jessica Patrícia da Silva
Lisandra Maria Gomes
Sylvia de Melo Bandeira
Maxcileide Silva
Victor Magno Santos
Geovany Araújo da Silva
Maria Daiana Pereira
Kleber Raimundo Souza da Silva
Gabriel Goes
Paulo Vinícius da Silva
Maria das Graças Golveia
Elizângela Maria da Silva
Eduarda Ferreira Figueirêdo
Daniele Lima de Arruda Cabral
Bárbara Emanuele Albuquerque
José Airton Abagaro
Christiana Maria Andrade
Kézia Paz
Gessyca Galdino de Souza
Natalia Cabral
Kássia Maria Costa de Freitas
Karen Meridiana Rodrigues
Júlia Paiva
Wellington Souza
Rivaldo Oliveira








quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Uma Estrela Para a Vida Inteira











Será nesta proxima quinta e sexta-feira o encontro de Isaac Melo, Tereza Albuquerque, Luiz Fernando e seus Fera Pré-Vestibular Nicarágua com a vida e obra de um dos grandes mestres da Literatura Brasileira, Manuel Bandeira. O Encontro será no local onde o poeta viveu parte da sua vida e que foi inspiração para parte de sua poética:
"A Rua da União onde eu brincava de chicote-queimado e partia as vidraças da casa de dona [Aninha Viegas
Totônio Rodrigues era muito velho e botava o pincinê na ponta do nariz
Depois do jantar as famílias tomavam as calçadas com cadeiras, mexericos, namoros, risadas
A gente brincava no meio da rua
Os meninos gritavam:

Coelho sai!
Não sai!
(...)
Recife...
Meu avô morto!
Recife morto, Recife bom, Recife brasileiro como a casa de meu avô!"
(Trecho da poesia Evocação do Recife - Manuel Bandeira)
O Evento será no Espaço Pasárgada que fica na Rua da União (por trás da Agência do Trabalho da rua da Aurora) nº 263
Obs: uma terceira data está sendo marcada para os alunos que não conseguiram se inscrever nestas duas primeiras.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Uma Estrela para a Vida Inteira

Nos próximos dias 12 e 13 de agosto, o Pré-Vestibular Nicarágua (3221-8099) estará realizando uma aula sobre a vida e obra do poeta pernambucano Manuel Bandeira sob a coordenação de Isaac Melo que trará para discutir a Literatura deste grande mestre os amigos Luiz Fernando (professor de Literatura do curso) e Tereza Albuquerque (professora da redação do curso). O evento acontecerá no Espaço Pasárgada local onde o escritor passou parte da vida e também foi inspiração de parte da sua poética. É localizado na Rua da União (por trás da agência do trabalho da rua da Aurora), nº 263 no centro do Recife. O evento será das 14h às 17h.

Abaixo o nome dos alunos selecionados para o dia 13 de Agosto (sexta-feira):

Zizônia Azevedo
Willian de Oliveira Ribeiro
Jessylin Jorce
Jessica Luana
Mônica Carla de F. e Silva
Amanda Stepple
Priscila Thais
Mayara Lina
Adriana Bandeira
Monick Rayanne dos Santos
Nathaly Jeanne Ferraz da Silva
Emesson da Silva
Tatiana Barros
Aline Maria
Lucas Batista
Flávia Deodato
Júlio Melo
Juliana Sharlene
Anallyne do Carmo
Amanda Pires
Tarciana Alves
Maria do Carmo Silva
Francisco Fagny
Mitlene Kaline
Rafaela Tomaz de Morais
Chistiana Maria da Fonseca
Gabriela Almeida Carneiro
Priscilla Karla Marinho
Léus Levi da S. Guedes
Jailma Cirilo Silva
Ingliths Gabrielle
Helainy Cristian
Ana Carolina
Andreza Maria
Laura Soares Portela
Karlla Souza de Oliveira Nascimento
Maurício José
Juliana Maria da Silva
Amanda Melina Gomes de Andrade
Tarcila Maciel da Silva
Andreza Maria da Silva
Andresa Kelly souza de Andrade
Filipe Rodrigues
Taynah Souza
Mirela Mendes
Thamires Regina Ribeiro Carneiro
Davison Elias de Andrade Pessoa
Verneck Fiegueiredo
Yago Aguiar
Jaqueline Souza

Obs: Qualquer nome errado acima é necessário que seja corrigido pelo aluno nos comentários do blog assim como os sobrenomes não fornecidos. Caso não consiga tente pelo twitter (@isaac_melo) ou pelo e-mail (sejamovc@hotmail.com)

Uma Estrela para a Vida Inteira (Aula)

Nos próximos dias 12 e 13 de agosto, o Pré-Vestibular Nicarágua (3221-8099) estará realizando uma aula sobre a vida e obra do poeta pernambucano Manuel Bandeira sob a coordenação de Isaac Melo que trará para discutir a Literatura deste grande mestre os amigos Luiz Fernando (professor de Literatura do curso) e Tereza Albuquerque (professora de redação do curso). O evento acontecerá no Espaço Pasárgada local onde o escritor passou parte de sua vida e também foi inspiração de parte da sua poética. É localizado na Rua da União (por trás da agência do trabalho na rua da Aurora), nº 263, no centro do Recife. O evento será das 14h às 17h.

Abaixo o nome dos alunos que foram selecionados para o dia 12 de agosto (quinta-feira):

Manuela Lucena
Lívia Mayara
Poliana Maurício
Mayara Anes
Yasmim Martins
Dayane Laursen
Rebeca Mendonça
Raphael Henrique
Ialle Laís Monteiro da Silva
Nádia Oliveira
Daniele Priscila
Nizza Maiza
Itamar José
Maria Priscila
Karolina Alves
Alice Moura
Welton Barreto
Ítalo Leandro
Amanda Ariel
Maria Daiana
José Anderson
Idalina Queiroz
Karla Souza
Rayane Guimarães
Suzane Ramos
Hellenylda Aguiar
Vitória Cabral
Juraci Maria
Priscilla Gameiro
Priscilla Falcão
Virma Pena
Elaine Alves
Wellington Barbosa
Romário Nunes
Jason Cleto
Naise Caroline
Maria Natanna
Ana Luíza
Ana Bárbara
Aiza Campos
Heloíza Helena
Karen Meridiana
Ítalo Ricardo S. de Araújo
Nathalia Gonzaga de Oliveira
Carlos Henrique de V. Nascimento
Victor Marcos B. da Silva
Eufrázio da Costa Miranda
Emília Cristina S. da Silva
Liliane Souza
Camila Batista
Drielli Cavalcanti

Obs: Se algum dos nomes estiver errado deixe como recado a coreeção, assim como as dúvidas. Caso não consiga, corrija pelo twitter (@isaac_melo) ou pelo e-mail (sejamovc@hotmail.com)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Site pela Paz*







"Jovem Maranguape é jovem da maldição. Nós somos conhecidos o terror da integração. Junto com Tabajara, Satanás incorporou. Sai da frente inferno coral, que a jovem já chegou. E meu comando feminino, é ruim de invadir, pras comédias de Arthur p.c.. e esta aqui". Acima está o resultado do conteúdo de uma pesquisa que fiz nos sites das principais torcidas organizadas daqui do Recife. As torcidas organizadas da Inferno Coral, Fanáutico e Torcida Jovem do Sport deveriam, ao meu ver, ter um acompanhamento pedagógico na formulação de seus sites. Não estou querendo punição, até porque não cabe a mim julgar até que ponto se torna crime virtual fazer apologia à violência. Mas que esses integrantes das organizadas precisam de um acompanhamento de perto da justiça (Ministério Público) para a prevenção da violência, isso, realmente, precisam. Muito se vem falando sobre a construção de uma cultura pela paz. Dá para notar o uso excessivo de empregos de metáforas bélicas pela imprensa escrita e televisiva ao se referir a uma partida de futebol. Palavras como "batalhas", "lutas", "confrontos", "romper a muralha do time adversário", já estão sendo aos poucos revistas pelos jornalistas ao construir um noticiário esportivo. Agora, imaginem a força das palavras "pavilhões", "terror da capital", "lutadores de jiu jitsu", "torcida pitbull", "união do mal", "comando feminino", "inferno" e "gange"...?
Para se ter uma ideia, os bairros estáo sendo tratados pelas organizadas como pavilhões de penitenciárias, as torcidas são sempre intituladas por elas mesmas de terror da capital.
O que mais me incomoda é o uso indevido de imagens de personagens históricas como Lampião, Che Guevara, associadas à baderna, à "desordens" pública. As músicas feitas por Chico Science são utilizadas para iniciar um "espetáculo fumaçante" de destruição dos equipamentos urbanos públicos. A figura do sexo feminino é associada ao crime. As músicas colocadas em sites estão longe de serem canções de hino de nossos times. Os desenhos dos mascotes dos nossos clubes parecem mais aberrações demoníacas de leões, timbus e cobras inflados por "bomba-anabolizantes" de conteúdo violento, colocados por esses integrantes de torcidas organizadas. Diante de todo esse conteúdo violento, precisamos usar a força. A força ancorada na pedagogia preventiva que envolva o Ministério Público, a Polícia e os Diretores de torcidas organizadas para acabar com o uso indevido de conteúdo violento na internet. Acredito que a mudança começa pelos Diretores das organizadas, mudando as estampas das camisas comercializadas, incentivando os integrantes que sabem desenhar para a criação de desenhos com significados carregados de conotação de paz nos estádios, desenhos que associem o gênero feminino à paz da dinâmica do futebol, desenhos que incentivem as charangas a tocarem e a cantarem músicas pela paz. É nesta direção que peço às entidades públicas, como o Ministério Público de Pernambuco, integrantes de secretarias envolvidas com a educação, que venham a trabalhar junto com os integrantes de torcidas organizadas de Pernambuco na construção de sites pela prevenção da violência, pois, assim, estaremos, por exemplo, economizando dinheiro ao diminuir o número de intalações de câmeras eletrônicas em nossa cidades.


Fábio Paulo Pernambuco (Geógrafo)
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*A escolha deste texto para publicar no blog foi exatamente o conteúdo por ele passado. A construção textual é repetitva e sem uma conclusão relevante. Mas, ratificando, a escolha foi pelo tema abordado. Sendo os "itálicos" feitos por mim.
(Isaac Melo)






sexta-feira, 16 de julho de 2010

O nosso Modernismo


O Modernismo, tomado na acepção estrita do movimento nascido em torno da Semana de 22, significou, em um primeiro tempo, a ruptura com a rotina acadêmica no pensamento e na linguagem, rotina que isolara as nossas letras das grandes tensões culturais do Ocidente desde os fins do século. Conhecendo e respirando a linguagem de Nietzshe, de Freud, de Bergson, de Rimbaud, de Martinetti, de Gide e de Proust, os jovens mais lúcidos de 22 fizeram a nossa vida mental dar o salto qualitativo que as novas estruturas sociais já estavam a axigir. Nesse abrir-se ao mundo contemporâneo, o Brasil reiterava a condição de país periférico, semicolonial, buscando normalmente na Europa, como o fizera em 1830 com o Romantismo ou em 1880 com o Realismo, as chaves de interpretação de sua própria realidade. Entretanto, a mesma corrente que fora aprender junto à arte ocidental modos novos de expressão refluiu para um conhecimento mais livre e direto do Brasil: o nacionalismo seria o outro lado da praxis modernista.


Pode-se hoje insistir numa ou noutra opção, e contestar nos homens de 22 certo exotismo estético, ou, na linha oposta, o seu amor às soluções folclóricas, neo-indianistas, neo-românticas... Mas o que não parece muito inteligente é condenar com arbítrio a-histórico o caráter dúplice que deveria fatalmente assumir a cultura entre provinciana e sofisticada dos anos de 20 em São Paulo. Na sua vontade de acertar o passo com a Europa, sem deixar de ser brasileiro, o intelectual modernista criou como pôde uma nova poesia, um novo romance, uma nova arte plástica, uma nova música, uma nova crítica; e a seu tempo se verá o quanto ainda lhe devemos.


(Alfredo Bosi em A História Concisa da Literatura Brasileira)

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A força da poesia


Hoje pensando na vida, veio-me na cabeça uma poesia que não lia nem ouvia há pelo menos 7 anos. E ela, no passado, doeu. Hoje parece ter mudado. Eu e a poesia mudamos. Ela com novos sentidos e eu com uma nova dor. Duas vertentes continuam: ela, materialmente falando e a minha dor, abstratamente afirmando. Saudade. Eis a palavra que explica 100% o que senti ao lembrá-la tanto tempo depois. Temos aí materializado em versos parágrafos da minha vida.


Bilhete


Se tu me amas, ama-me baixinho

Não o grites de cima dos telhados

Deixa em paz os passarinhos

Deixa em paz a mim!

Se me queres,

Enfim,

tem que ser bem devagarinho, Amada,

que a vida é breve e o amor mais breve ainda.

(Mário Quintana)

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Teatro da Vida


-Um político em campanha, começou o discurso: -Compatriotas, companheiros, amigos! Nos encontramos aqui convocados, reunidos ou ajuntados para debater, tratar ou discutir um tópico, tema ou assunto, que hoje nos convoca, reúne ou ajunta, é minha postulação, aspiração ou candidatura à prefeitura. Um cidadão pergunta: -Escute aqui, por que o senhor usa três palavras para dizer a mesma coisa? O canditado responde: -A primeira palavra é para pessoas com nível cultural alto. A segunda é para pessoas com um nível cultural médio. E a terceira é para pessoas com nível cultural baixo, como aquele bêbado ali jogado na esquina. De imediato, o bêbado se levanta cambaleando e responde: -Sr. postulante, aspirante ou candidato! (hic) O fato, circunstância ou razão de que me encontre (hic) em um estado etílico, bêbado ou mamado (hic), não implica, significa, ou quer dizer que meu nível (hic) cultural seja ínfimo, baixo ou ralé mesmo(hic). E com todo o respeito, estima ou carinho que o Sr. merece (hic), pode ir agrupando, reunindo ou ajuntando (hic) seus pertences, coisas ou bagulhos (hic) e encaminhar-se, dirigir-se ou ir diretinho (hic) à leviana da sua genitora, à mundana da sua mãe biológica ou à p.q.p.!!!

(Robson Sampaio)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Aulão-Show do pré-vestibular Nicarágua




O pré-vestibular Nicarágua promove no próximo dia 17 de setembro no Centro de Convenções de Pernambuco o Aulão-Show que acontece anualmente pela instituição de ensino. Será um dia para aqueles(as) que estão com o desejo de obter maiores informações para desenvolver bem a prova das universidades federais de Pernambuco (incluído aqui o ENEM) e UPE. Estarão lá, além do corpo docente completo da casa, os professores de Literatura Luiz Fernando, Isaac Melo e Betânia Oliveira mostrando como se faz um prova de bom nível de modo fácil. Para obter maiores informações é só ligar para 3221-8099. Até lá!
(Isaac Melo)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Lei Federal nº 12.244

A Lei Federal de nº 12.244, de autoria do deputado federal Lobbe Neto (PSDB-SP), foi publicada no Diário Oficial da União no último dia 24 de maio. Ela estabelece que toda escola pública e particular do país deve ter um acervo de livros de, pelo menos, um título por aluno matriculado. O prazo para a instalação das bibliotecas é de dez anos. Isso significa que as determinações serão válidas a partir de 2020. Além do acervo, a lei também determina que os locais de leitura devem ser coordenados por pessoas capacitadas ou profissionais da área (bibliotecários). Sengundo o Censo Escolar de 2009, só 28,2% das escolas públicas do país contam com bibliotecas. Uma pesquisa divulgada no mês passado pelo Ministério da Cultura apontou que 445 municípios brasileiros não contam com bibliotecas públicas, o que representa 8% do total. O estado com o maior número de cidades sem esses espaçoes é o Maranhão (61). As bibliotecas municipais brasileiras têm, em média, 4,2 funcionários e a maioria (84%) é formada por mulheres. O estudo também constatou que 52% dos trabalhadores desses estabelecimentos não têm capacitação para a atividade.
(Diario de Pernambuco 6 de junho de 2010)

domingo, 6 de junho de 2010

O Manuscrito que está começando a ser escrito


Música! Eis aí um tema difícil. Aquele senso comum que diz "cada um tem seu gosto" fica à mercê quando se ouve algo tão bom. As novas composições de Sandy, numa síntese bem simplória, deixa claro o quanto a cantora mudou. Ela segue atualmente o que começou no final da carreira com o irmão. Nunca se pensou o quanto foi positiva a decisão de carreira solo.

Músicas dotadas de metáforas incríveis ( "quando o céu se cobriu de vermelho..."), comparações fantásticas (" dias iguais /são como um / rio correndo pra trás não deságuaem nenhum lugar..."), antíteses forte ("no sim existe um não/ no céu existe um chão/ vencer também tráz perdas"), são só algumas características dessa nova fase.

Um grande escritor russo chamado Fiódor Dostoievisk vai dizer de modo singular que "se quiser compreender uma pessoa e conhecer-lhe a alma, não preste atenção à sua maneira de calar, falar, olhe antes para ela quando ri". Essa citação vai de encontro às influências da escritora modernista Clarice Lispector no novo cd de Sandy. "Intimista, beirando o melancólico", palavras da própria cantora está em sintonia com a introspecção da escritora. Nesta mesma linha de pensamento, "olha antes para ela quando ri", está um verso de uma música do cd "Manuscrito", "Duras Pedras", aliás, repleta de antíteses, quando diz " sorrir pode esconder".

São estes "detalhes" para não dizer "tão pequenos" como foi dito pelo cantor e compositor Roberto Carlos que deixa claro mais uma antítese no disco. Detalhes que o torna grande. Grande como a capacidade desta cantora, utilizando-me de comparação ou a Sandy que é um golfinho de tão afinada, metaforicamente falando.

O "Manuscrito" é um ensaio do que ainda será escrito. Trocando em miúdos, é daí para melhor.



Isaac Melo

sábado, 1 de maio de 2010

A música por mim

[O texto que segue é um artigo de opinião, formulado de modo empírico, baseado essencialmente na análise e observação da música atualmente. Não dotada de conceitos científicos ou pesquisas mais profundas, sendo restrita a opinião de um cidadão.]
Por Isaac Melo
"Arte e ciência de combinar os sons de modo agradável ao ouvido", diz, em definição a palavra "música", o imortal da Academia Brasileira de Letras, Aurélio Buarque. A caracterização desta arte por este literato vem, como é perceptível na maioria dos estados brasileiros, caindo por terra. Ou é a própria essência da música que está em declínio.
A história da música, que é alvo de uma análise e pesquisa maior, não sendo o objetivo aqui proposto, remonta de séculos atrás. Basta só lembrar da origem do termo grego, gerador do gênero literário, lírico. Proveniente do instrumento musical lira, mostra que a música não é um modo de expressão recente. Uma das escolas literárias que mais vai se utilizar da música na Idade Média é o Trovadorismo. Movimento artístico literário caracterizado pelas cantigas, utilizou-se da melodia associada à poética - ou trova como a sociedade do século XIII chamava - para declamar sentimentos a alguém. A arte musical era de um rigor conteudístico refinado, e é fonte de estudo até hoje pelos grandes pesquisadores da área.
Ao contrário do que antes era música, atualmente, no Brasil, na era do "Rebolation", "Na Base do Beijo", "Xonou, Xonou" , basta só ter letras formando códigos, uns instrumentos tocando aleatoriamente, cerveja e... está feita a música. Em leituras diárias, deparei-me com uma matéria publicada pelo "Diario de Pernambuco" de 28 de Abril do ano corrente sobre a censura da música na ditadura de 1964. Ao lançar um cd o artista era obrigado a enviar as letras das canções compostas ao Conselho Superior de Censura. Cabia a este último decidir se as ideologias ali contidas eram subversivas ou não. Palavras como "Tentação" (nome da música de Dominguinhos), "Mijação" (parte da letra de uma canção de Kleiton e Kleber), "Eternamente Grávida" (de Joyce Moreno, fazendo uma analogia entre a criação musical e o parto), eram consideradas "referências depreciativas que ferem a dignidade nacional". É claramente percebido ser nem a censura nem a baixa qualidade musical observada hoje enquadrados no conceito aureliano. Não que esta seja uma linha não interruptível a ser seguida rigorosamente por quem faz a música. Mas, a grande maioria das canções ouvidas nos dias atuais é de lamentável gosto. Basta só ir a um pagode, micareta, baile funk, assim como eventos de forró eletrônico para ver, ou melhor, ver e ouvir, já que homens e mulheres semi-nus cantam e dançam no palco, a vergonha da grande maioria de nossas músicas.
Sim, a essência da música está em declínio. Nem proibir, já que estamos num estado democrático de direito, o qual eu defendo, nem permitir a entrada de palavras chulas em nossos lares. Porém, distinguir a má qualidade musical da boa. A nossa trilha sonora deve continuar a ser como nos primórdios da história e trazer "os sons de modo agradável ao ouvido" e letras com conteúdo de qualidade. Seja amoroso, cômico, religioso, crítico, social.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Comunicação e telegramas geniais

por Roberto Pereira (Ex-secretário de Educação e Cultura de Pernambuco)
Antes, a carta era o instrumento de comunicação entre as pessoas, apesar da demora, em priscas eras, para chegar aos destinatários, mas sempre um instrumento eficaz de entendimento e de estreitamento entre os povos. Depois, penso que na sequência, o telegrama, o telégrafo e o Código Morse, o fax e, agora, os e-mails, através da internet, além das mensagens, dos torpedos pelos celulares e quanto mais apareça neste inimaginável e admirável mundo novo colocado velozmente à nossa frente.
A carta de Pero Vaz de Caminha é o primeiro texto sobre o Brasil. Não tem intenções artísticas, mas é muito expressiva, por registrar as condições de vida dos primeiros colonizadores e habitantes da terra descoberta. Ela não só adensa e condensa as características dessa terra, como mostra a visão de mundo dos portugueses, apresentando a cultura dos índios num contraponto à dos europeus.
O telegrama criou uma linguagem enxuta, até por economia do valor a ser pago. Segundo Jô Soares, eis o modelo: "Viagem boa. Nós bem. Tempo maravilha.Beijosfulano". O "Beijosfulano", numa palavra só, é um expediente para economizar no telegrama.
Emílio de Menezes, que ficou na nossa língua conhecido como um dos grandes humoristas, quando da morte de uma amiga passou um telegrama cifrado para Machado de Assis, dizendo: "Machado, enxada foi-se".
O grande escritor Francisco Bandeira Melo, quando o poeta-embaixador João Cabral de Melo Neto recebeu , na Espanha, o Prêmio Rainha Sofia de Poesia Iberoamericana, atribuído pelo Patrimônio Nacional de Espanha e pela Universidade de Salamanca, enviou ao autor de Morte e Vida Severina o telegrama mais curto de que se tem notícia: "João: Olé. Bandeira".
Em Pernambuco, um governador preocupado com o problema da seca reuniu os prefeitos do Sertão, debateu o assunto que historicamente nos angustia, e pediu aos prefeitos que dessem notícias sobre as condições climáticas da sua cidade. Para espanto desse alto mandatário pernambucano, era contemplado diariamente por um mesmo burgomestre, com o seguinte telegrama: "Governador, chuvas? Nenhumas, prefeito Fulano de Tal" (SIC).
"Chegarei de surpresa dia 15, às duas da tarde, voo 619 da Varig...". Mengálvio (Ex-meia do Santos, em telegrama mandado à família quando em excursão à Europa). Uma surpresa, portanto, com dia e hora marcados.
O meu pai, escritor Nilo Pereira, ao ser distiguido pela Academia Brasileira de Letras, por seu conjunto de obras, com o Prêmio Machado de Assis, foi agraciado com um outro laurel: um telegrama de Luís da Câmara Cascudo, com a seguinte mensagem: "Nilo, Larim, toré, babá. Cascudo." A expressão, de origem indígena, significa, pelo que suponho, alegria, e era a forma como eles se cumprimentavam para expressar o contentamento a cada reencontro. Expressão que, com o encantamento do folclorista Cascudo, passou a ser usada nas missivas e nos reencontros entre o meu pai e o insigne homem público Marcos Vilaça, e hoje, nos e-mails trocados modernamente entre mim e o escritor universal de Limoeiro.
Quando da eleição malograda do ex-governador de Pernambuco Cid Sampaio ao Senado Federal, o escritor Maviael Pontes enviou ao ilustre político a seguinte mensagem telegráfica: "Dr. Cid: Parabéns eleição senador federal. Perdeu, mas poderia ter vencido." Venceu o gesto!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Por que o Brasileiro lê pouco (Por Drummond)

"Eu lamento que haja pouco consumo de livro no Brasil. Mas aí é um problemas muito mais grave. É o problema da deseducação, o problema da pobreza - e, portanto, o da falta de nutrição, e da falta de saúde. Antes de um escritor se lamentar porque não é lido como são lidos os escritores americanos ou europeus, ele deve se lamentar de pertencer a um país em que há tanta miséria e tanta injustiça social."

(Última entrevista dada 17 dias antes da morte do poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade)

quinta-feira, 25 de março de 2010

Com a palavra, Clarice Lispector:

Não sei amar pela metade; nunca soube. Aliás, não se trata só de amor, mas de qualquer tipo de sentimento. Não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto. Não sei sentir em doses homeopáticas. Preciso e gosto de intensidade, mesmo que ela seja ilusória e se não for assim, prefiro que não seja. Não me apetece viver histórias medíocres, paixões não correspondidas e pessoas água com açúcar. Não sei brincar de ser café com leite. Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma, que tenha coragem suficiente para me dizer o que sente antes, durante e depois ou que invente boas estórias caso não possa vivê-las. Porque só assim eu me divirto e é só isso que me interessa.

Clarice Lispector

domingo, 14 de março de 2010

Porque fazer Literatura é dádiva

Às vezes sou abordado por amigos e conhecidos que pedem para eu ler poesias escritas por eles e perguntam se gostei ou não. Por mais que estude poesia ainda me vejo longe do que tanto quero, ser crítico literário. Segue a postagem um desses casos de poesia lida por mim e fiquei maravilhado com tanto sentimento. Como já se sabe, para fazer poesia não necessariamente precisa de regras etc. Perguntei ao dono se a poesia ia ficar sem nome. Ele pensou e respodeu "sim, pois ela se destacou assim". A meu ver, uma brilhante resposta. Deleitem-se:

Enquanto não voltar ficarei assim
Intranquilo, cansado, preso
Te chamo e você não vem
Te espero e você não chega!

Amar um amor inocente à distância
É enfrentar um inimigo invencível

Na angústica da noite te sinto ao meu lado
A procurar-me com tua boca
Embora seja sonho, ou ilusão consciente
Eu me entrego
E me curvo aos delírios da minha mente
Fujo do meu mundo quando penso em você
É triste estar sozinho,
Tudo parece estar tão vazio
Da mesma forma que o temporal vem
E depois vai embora
Me dá muita alegria saber que minha dor
Não será para sempre
Nem ao menos viverá comigo pela demora dos dias...

Acredito que esse jejum
Logo, Logo
Passará...

Te quero tanto

(Heryvelton Ferreira)

Muito boa!

quinta-feira, 11 de março de 2010

Cafezinho por R$ 352

O preço do cafezinho, tirado em máquina de expresso, foi estimado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura em R$ 352,33. A bagatela foi divulgada em planilha de custos que serviu de referência para o processo de licitação do órgão, suspenso por medida cautelar do Tribunal de Contas da União, em 1º de julho. Além do preço exorbitante de um cafezinho, o TCU apontou sobrepreço nos valores de referência de outros produtos, superestimativa de orçamento e inchaço no número de diárias. Eram cotadas 3.176, sendo que os eventos totalizariam 871 dias.

A licitação tinha como objetivo o registro de preços para "eventual contratação de empresa" especializada em eventos. Na planilha de referência feita pelo órgão, estão previstos 4.560 cafés feitos em máquina a R$ 352,33 cada, comprados em rede hoteleira de três e quatro estrelas, além de mais 12.000 em hotéis cinco estrelas e outros 12.000 fora da rede hoteleira. Segundo o edital de licitação, a pasta previa gastar R$ 10 milhões com a bebida.

Também em hotéis cinco estrelas, havia, no edital, a previsão da necessidade de 12 mil garrafinhas de água de 500ml a R$ 7,83m cada. Seis dias após a decisão do TCU, a pasta decidiu cancelar em definitivo a licitação. Procurado pelo Correio, o ministério justificou o cancelamento como fruto de "conveniência administrativa". A assessoria de imprensa disse ainda que o registro dos preços, objetos da licitação, não significava que os serviços seriam feitos na totalidade. O órgão também garantiu que os valores de referência foram objeto de pesquisa de preços no mercado. Os auditores do TCU encontraram o cafezinho por, no máximo, R$ 2,50, em Brasília, onde o custo de vida é um dos mais elevados do país.

Diario de Pernambuco (Recife, domingo, 2 de agosto de 2009)

terça-feira, 9 de março de 2010

Pobreza

Diario de Pernambuco, 05 de marco de 2010


Em junho do ano passado, a ONU elaborou documento sobre a pobreza do mundo constando que o número de pessoas que vivem com menos de 1 dólar por dia nos 49 países mais pobres do mundo - principalmente na África - mais do que duplicou nos últimos 30 anos, chegando a 307 milhões ou 65% da atual população mundial.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Contratando artistas e arquitetos

Tereza Halliday - Artesão de Textos


Passado o carnaval, ainda se comenta o despautério da escultura do Galo da Madrugada versão 2010, na Ponte Duarte Coelho. Magrelo que só modelo de passarela, parecia estar chocando sobre um farol marítimo - pilastra listrada de vermelho e preto. Decepcionou o imaginário de muitos foliões.
Uma representação de Jesus bem gordo ou um Buda bem megro revoltaria seus seguidores. Os seguidores do Galo o têm como venerável figura. Chegam às raias da adoração, Deus os perdoe. Não se deve, pois, brincar com símbolos fortes - religiosos ou não - sob pena de desagradar e ofender. Por outro lado, nenhum artista, criador, inovador pode agradar a todo mundo. O criador do Galo 2010 sofre a celeuma em torno de sua criação. Todo artista quer ser elogiado - é natural. Quando não o é, sente-se um incompreendido. Tudo o que o artista do Galo queria era expor a beleza encarnada em sua concepção pessoal de galináceo, dar prova de sua criatividade e labor naquela escultura gigante cuja imagem ganharia os mundos da internet.
Mas, o sucesso e o agrado não acontecem por tabela, só porque o artista tem fama de bom. As edificações cilíndricas de Oscar Niemeyer no Parque Dona Lindu que o digam. Parecem ter sido projetadas para ser vistas de alto, ou contempladas em miniatura, numa maquete. Ao rés-do-chão, foram apropriadamente interpretadas pelos olhares dos passantes como feiosas caixas d'água ou banais tanques de petróleo.
Esse descompasso entre resultado e expectativas acontece com frequência. É preciso o maior cuidado com encomendas de trabalhos a artistas, arquitetos, ambientadores. Com o financiamento do cliente, eles buscam realizar seu sonho pessoal de criação, sua "viagem" estética. Não raro, ignoram gostos e necessidades do contratante. Ficam tão apaixonados por sua própria visão do belo, que esquecem de compatibilizar forma e função. Os resultados, às vezes, são desastrosos: no restaurante de luxo, lindas cadeiras desconfortáveis; no edifícil público, escadas fenomenais sem segurança; no prédio do condomínio, vidraças magníficas dificílimas de manter limpas; na parede do apartamento, o quadro deprimente, por ordem do arquiteto; no carnaval, a escultura de uma galo magro quando um gordo tradicional era o que agradaria aos pagantes do imposto que pagou a obra.
O significado emocional de uma obra artística não é o mesmo para todo mundo. Quando o artista contratado tem a sensibilidade e o bom senso de mesclar sua criatividade com a história e necessidade do freguês, é gratificado com reações de maravilhamento: "Era exatamente o que eu queria" , "Ficou mais bacana do que eu imaginava". Encomendas a artistas, arquitetos e quejandos exigem muito entendimento, paciência e gentileza entre as partes; arrogância de lado a lado é prejudicial. E o contratado tem a missão de usar sua genialidade para amarrar o burro onde o dono sonha. Do cantrário, pode dar zebra.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Introdução ao blog "Isaac Melo - Textos Selecionados"

A ideia central ao criar este blog é mesmo o de, como leitor assiduo, publicar os melhores e mais importantes textos ou partes deles que seja de relevância no meu ponto de vista. Procurarei expor aqui, sem intensão de ser comentado e, caso discutido, agradecido ficarei, artigos jornalisticos, literários, opinativos. Que esta página da internet sirva pelo menos para reflexão sobre os temas mostrados. Conseguido isso, estará realizada a principal função dele.

Isaac Melo